O Popload Festival teve mais uma edição no último sábado, dia 31, em São Paulo, no Parque do Ibirapuera.
Após um hiato de três anos, o festival trouxe nomes Norah Jones, Laufey, Kim Gordon, The Lemon Twigs, Terno Rei com Samuel Rosa, Tássia Reis e Exclusive Os Cabides.
Com um sol extremamente forte, o palco principal abriu com Exclusive Os Cabides, grupo de Florianópolis, de som funkeado e indie pop, que lançou seu último álbum, Coisas Estranhas, no ano passado, seguido de Tássia Reis.
Tássia lançou seu quinto álbum de estúdio também ano passado, Topo da Minha Cabeça.
Os nova iorquinos do The Lemon Twigs foram a terceira atração do evento, subindo ao palco de modo tímido, porém energético, abrindo com The Golden Years. Pela primeira vez pisando em solo brasileiro, deixaram uma ótima impressão, com seu som moldado nos anos 1970 e com interações com a platéia, arriscando alguns “obrigados”. Com influências de David Bowie, Simon and Garfunkel e The Beach Boys, uma grande revelação que, com toda a certeza, esperamos que voltem. E que tenha mais itens de merchandising na única barraca que havia no festival.
Com a participação de Samuel Rosa, o Terno Rei fez um show empolgante, tocando tanto as faixas do seu último trabalho, Nenhuma Estrela, quanto canções do ex-Skank, como Resposta, que fez com que todos que assistiam ou passeavam pelo Parque do Ibirapuera, cantassem junto.
Contudo, nem tudo são flores. Kim Gordon entrou em cena com sua sonoridade somada com word spoken de um modo um tanto morno. Sim, gostamos de seu trabalho, contudo, pelo horário e até pela sua imagem, seu ativismo, politicagem, e a mulher em si que é, a única impressão que passou foi de que a ex-Sonic Youth não queria estar no palco. Uma apresentação sem muita emoção, que poderia sim ter sido mais. Muito mais.
As cerejas deste bolo sonoro vieram em seguida: Laufey, St. Vincent e Norah Jones.
Laufey subiu no palco pontualmente, trazendo uma pequena orquestra, se apresentando pela primeira vez no Brasil, para um mar de jovens que cantaram do início ao fim. Interação com o público à todo momento, agradecimentos, mensagens de amor e… classe! Visualmente lindo e sonoramente rico, Laufey marcou na memória e com toda a certeza conquistou à todos. E seu objetivo de trazer música clássica e jazz deu certo. Perfeito do início ao fim. Dentre as músicas. Fragile, a clássica I Wish You Love e a inédita Lover Girl.
St. Vicent entregou tudo que tinha direito, desde solos até ir para o meio do público. Sim, foi um dos melhores nomes e num horário ótimo, o que esquentou, já que a noite já havia caído e o frio já começava a tomar conta do Parque do Ibirapuera. Foram 12 faixas de tirar o fôlego, como Marrow, Flea, Pay Your Way In Pain e Los Ageless.
A noite fechou com a apresentação de Nora Jones. Abrindo com What Am I To You?, passou também pelas já clássicas Sunrise, Come Away With Me que contou com a participação de Laufey (que foi um momento belo) e as canções do novo álbum, “I Just Wanna Dance”, “Visions” e “Paradise”.
Muitos disseram que o lineup desta edição estava fraco e só posso dizer que: Perderam uma experiência incrível. Não é todo dia que você pode ver a magnificiência de Norah Jones, a delicadeza de Laufey e a emoção de suas jovens fãs.
Que venha a próxima edição!
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