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Resenha Lucifer, 08/10/2024 – Belo Horizonte/MG

Uma das noites mais aguardadas do ano em BH. 08 de outubro, 36 graus, o clima propício para a noite da primeira visita de Lucifer à capital mineira. Contando com 3 bandas de abertura, sendo 2 locais, tínhamos o cast adequado para esquentar o caldeirão para a atração principal. Tantum, que vem despontando no cenário musical pela qualidade dos músicos e pela bela performance visual abriu a noite no Mister Rock.

Rojo, seu novo single, impressiona pelo peso e traz em suas letras a violência contra a mulher. Tema relevante e necessário para os dias atuais, infelizmente. Chervona, líder da banda merece todo nosso respeito e admiração pela qualidade de seu trabalho e pela pessoa ímpar que é.

Logo em seguida sobe aos palcos um dos grandes expoentes do doom belorozontino: Pesta. Com seu tradicional show pesado, denso e vigoroso, mantendo o clima da casa quente para o caldeirão que já estava ali, esperando para entornar. Antes da atração principal a paulistana Space Grease subiu ao palco pela primeira vez em BH e mandou ver no seu rock 70tista de boa qualidade, agradando ao público mineiro.

E então é chegado o grande momento. As luzes se apagam, uma introdução começa ao fundo e cada músico vai ocupando seu lugar… enquanto isso, a vocalista, Johanna Sadonis, cara e voz do Lucifer, em passos lentos caminha para o centro do palco e aguarda pelo primeiro riff para o fazer caldeirão ferver. Crucifix (I burn for you) literalmente queimando e levando o público ao êxtase numa abertura poderosa e empolgante. A banda, muito competente e afiada, demonstrava muito entrosamento no palco destilando vigor e energia a todo momento.

Johanna Sadonis, tem uma presença de palco incrível e um carisma ímpar. Sem muitos sobressaltos, com movimentos precisos e sem muita agitação ela consegue empolgar, e convocar, o público a estar presente no show a todo momento. Não tem um minuto sequer que haja desconexão entre a banda e o público.

Com intervalos curtos entre as músicas e com discursos diretos e objetivos, Johanna agradecia as palmas e carinho dos presentes que sempre entoavam: “Lucifer, Lucifer, Lucifer…” a plenos pulmões agradecidos pela performance no palco.

Durante a apresentação a troca de olhares, o convite ao dar o melhor de si e as interações entre os membros da banda demonstraram não só o profissionalismo do grupo, como a alegria de estarem no palco e querer retribuir a energia do público. Era latente esse vontade e entrega da banda.

Num setlist forte e empolgante que, mesmo sem a clássica Dreamer, não deixou espaços para reclamações, já que a banda visitou várias dos seus 5 discos de carreira. Além de um cover de Beatles.

1970, no melhor estilo de terror da época, estava ali presente nas vestes, na postura, no som, nas letras e na elegância e classe de Johanna Sadonis, que confirmou o que todo público já sabia e agora tem certeza: que banda phodda!

Uma noite pra guardar na memória… e na cripta.

O setlist do show foi o seguinte:

Crucifix (I Burn for You)
Ghosts
Midnight Phantom
A Coffin Has No Silver Lining
Wild Hearses
Fallen Angel
The Dead Don’t Speak
Coffin Fever
At the Mortuary
Slow Dance in a Crypt
Bring Me His Head
Encore:
I Want You (She’s So Heavy)
(The Beatles cover) (Instrumental)
Maculate Heart
California Son
Reaper on Your Heels

Abaixo, um compilado de alguns momentos do show

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