Michael Stipe, vocalista o REM, recentemente compartilhou em uma entrevista com a Pitchfork, transcita pelo Far Out Magazine, sua opinião sobre o álbum punk mais subestimado de todos os tempos. Para Stipe, o álbum homônimo de estreia do The B-52’s, lançado em 1979, merece esse título. Segundo ele, o disco não recebeu o reconhecimento devido por sua inovação e influência, especialmente na cena de Atenas, Geórgia, onde tanto o REM quanto o The B-52’s começaram suas trajetórias musicais.
Desde sua formação em 1980, o REM sempre foi visto como uma banda que desafiou as convenções do rock alternativo, e Stipe credita parte desse espírito ao impacto que o The B-52’s teve sobre ele. Apesar de ser amplamente conhecido por seu estilo extravagante e não convencional, o The B-52’s conseguiu criar um som único que ressoou profundamente com o jovem Stipe, inspirando-o a seguir um caminho musical igualmente inovador.
Durante a entrevista, Stipe relembrou como, enquanto outros punks de Nova York estavam adotando visuais chocantes, o The B-52’s seguiu um caminho diferente, com sua própria marca de rebeldia estilística e sonora. Essa abordagem distinta foi fundamental na formação do estilo do REM, marcando o início de sua jornada como uma das bandas mais influentes do rock alternativo.
Para Michael Stipe, a contribuição do The B-52’s vai além de suas músicas; eles foram cruciais para o desenvolvimento da cena local de punk e art rock em Atenas. Esse ambiente criativo e experimental foi o berço de bandas que, como o REM, moldaram a paisagem musical de maneira significativa. Portanto, não é de se admirar que Stipe veja o álbum de estreia do The B-52’s como uma peça central na história do punk, mesmo que ele ainda não tenha recebido todo o crédito que merece.
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