Quarenta anos de “Os Goonies”: amizade, aventura e uma trilha que não se esquece

Lançado em 7 de junho de 1985, “Os Goonies” chega aos seus 40 anos como uma das obras mais queridas da cultura pop oitentista. Dirigido por Richard Donner, com roteiro de Chris Columbus e história criada por Steven Spielberg, o filme virou referência em aventuras infantojuvenis, moldando o imaginário de gerações.

A trama acompanha um grupo de amigos — os autodenominados Goonies — que decide embarcar em uma caçada por um tesouro perdido. Ao descobrir um velho mapa no sótão de casa, os jovens partem em busca das riquezas do lendário pirata Willy Caolho, numa tentativa de salvar o bairro onde vivem da especulação imobiliária. Entre armadilhas, passagens secretas e vilões atrapalhados, a jornada é marcada pelo senso de união, coragem e pertencimento.

O que diferencia “Os Goonies” de outras produções da época é a naturalidade com que os personagens são apresentados. Cada criança tem sua personalidade bem definida, e o elenco — com Sean Astin, Josh Brolin, Corey Feldman e Ke Huy Quan — entrega uma química rara. Ao longo do tempo, os personagens viraram arquétipos para outras obras do gênero: o sonhador, o valentão, o engraçado, o inventor e a figura do vilão quase cartunesco.

A influência do filme atravessa décadas. Séries como “Stranger Things”, por exemplo, carregam muito do DNA de “Os Goonies” — desde a estética até a ideia de crianças resolvendo mistérios em meio a ameaças reais. A estrutura narrativa de uma aventura com tons sombrios, mas contada do ponto de vista infantil, também serviu de base para jogos, HQs e produções audiovisuais contemporâneas.

Outro ponto marcante é a trilha sonora. A música “The Goonies ‘R’ Good Enough”, de Cyndi Lauper, tornou-se um símbolo da era e ganhou um clipe com participação do elenco original. A canção dialoga diretamente com o espírito do filme: divertido, despretensioso, mas com uma dose emotiva de nostalgia. Além dela, a trilha traz nomes como REO Speedwagon e The Bangles, reforçando o vínculo do longa com o pop-rock dos anos 1980.

Quarenta anos depois, “Os Goonies” segue com seu apelo intacto. Não apenas como filme, mas como fenômeno cultural. Ele ensina que crescer não precisa ser sinônimo de perder a imaginação — e que amizades feitas em cavernas úmidas e túneis escuros, com piratas e vilões, podem durar para sempre.

Como diz a famosa frase do filme: “Goonies never say die.” E mesmo quatro décadas depois, eles realmente não morreram. Continuam vivos na memória de quem cresceu com eles — e também nos olhos curiosos de quem os descobre agora.

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