Stereolab revisita “Jenny Ondioline” e reflete sobre sua mensagem

Gravada em uma antiga igreja às margens do Tâmisa, “Jenny Ondioline” sintetiza a estética do Stereolab nos anos 1990. A faixa, lançada em 1993 no álbum “Transient Random-Noise Bursts With Announcements”, apresenta variações ao vivo e diferentes versões, incluindo a original de 18 minutos e um single mais compacto.

Marcada por ritmos motorik, camadas de vocais e letras politicamente carregadas, a música reflete a influência do guitarrista Rhys Chatham. “Ele teve um grande impacto em mim no início do Stereolab”, comenta Tim Gane. “Queria ver como princípios vanguardistas poderiam ser aplicados à música pop.”

A faixa se tornou referência entre admiradores da banda, enquanto “French Disco”, lançada no lado B do EP “Jenny Ondioline”, alcançou maior reconhecimento popular.

Lætitia Sadier destaca a importância da mensagem por trás da música. “Vi algumas versões online que distorcem completamente o significado”, afirma. “A canção fala sobre transformar a percepção. Não estamos aqui para lamentar o destino, mas para criar o mundo que desejamos.”

A banda, que retomou os palcos em 2019 para uma série de apresentações e relançamentos de álbuns, revisitou “Jenny Ondioline” recentemente. “Tocamos essa música ontem à noite”, diz Sadier. “Por um tempo, não parecia pronta para ser executada ao vivo, mas agora reaprendemos a tocá-la e soa mais acessível.”

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