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Quem tocou guitarra em “Champagne Supernova”? A história por trás do solo que marcou uma geração

Em 1995, o mundo da música foi sacudido pelo lançamento de “(What’s the Story) Morning Glory?”, álbum que consolidou o Oasis como uma das maiores bandas de todos os tempos.

Entre as faixas que compõem o disco, “Champagne Supernova” se destaca como um marco sonoro, uma epopeia de sete minutos e meio que encerra o álbum com um ar de grandiosidade.

Mas, além da voz inconfundível de Liam Gallagher e dos arranjos de Noel Gallagher, há um detalhe que muitos fãs podem não saber: o solo de guitarra que eleva a música a outro patamar foi tocado por ninguém menos que Paul Weller, o lendário frontman do The Jam.

O encontro de duas lendas do Britpop

Paul Weller, conhecido como “The Modfather” por sua influência no movimento mod e no rock britânico, já era uma figura consolidada no cenário musical quando o Oasis surgiu como a nova sensação do Britpop.

A admiração entre Weller e os irmãos Gallagher era mútua. Noel, em particular, sempre expressou seu respeito pelo trabalho de Weller, chegando a participar da gravação de “I Walk on Gilded Splinters”, faixa do álbum “Stanley Road”, lançado por Weller em 1995.

Foi nesse contexto de troca criativa que Weller foi convidado a contribuir com “Champagne Supernova”.

Segundo relatos da época, ele teria gravado o solo em uma única tomada, adicionando à música uma camada de intensidade e emoção que se tornou um dos pontos altos da faixa. Apesar de sua participação não ter sido amplamente divulgada na época, ela acabou se tornando uma curiosidade apreciada por fãs e críticos.

“Champagne Supernova” é uma daquelas músicas que transcende sua própria letra. Com versos como “How many special people change? How many lives are living strange?”, a canção parece flutuar em um universo próprio, onde o significado das palavras é menos importante do que a sensação que elas provocam.

Noel Gallagher, em entrevistas, já brincou sobre a falta de sentido literal da letra, afirmando que ela foi escrita de forma espontânea, sem grandes pretensões.

O que realmente chama a atenção, no entanto, é a construção musical da faixa. A base sólida de bateria e baixo, os acordes de guitarra que se expandem como ondas e, claro, o solo de Weller, que surge como um clímax emocional.

É difícil não se sentir transportado ao ouvir aqueles minutos finais, onde a guitarra parece ganhar vida própria, levando o ouvinte a um estado de quase transcendência.

Desde seu lançamento, “Champagne Supernova” se tornou um hino para uma geração. A música foi incluída em trilhas sonoras de filmes, tocada em estádios lotados e, claro, cantada em coro por milhares de fãs ao redor do mundo. Sua presença no repertório ao vivo do Oasis sempre foi marcante, muitas vezes servindo como o fechamento perfeito para os shows da banda.

A participação de Paul Weller na gravação só veio a ser mais amplamente conhecida anos depois, mas ela acabou se tornando um símbolo da conexão entre diferentes gerações do rock britânico. Weller, já uma lenda na década de 1990, e o Oasis, então no auge de sua fama, representavam duas faces de um mesmo movimento que transformou a música britânica.

A possibilidade de um reencontro com Paul Weller

Com os rumores de uma possível reunião do Oasis ganhando força nos últimos anos, a especulação sobre uma participação especial de Paul Weller em futuros shows não parece tão absurda. Afinal, a história entre Weller e os Gallagher já provou que parcerias improváveis podem resultar em momentos memoráveis.

Enquanto isso, “Champagne Supernova” continua a encantar novas gerações de ouvintes. Seja pela mistura única de elementos sonoros, pela letra enigmática ou pelo solo inesquecível de Paul Weller, a música permanece como um testemunho do poder transformador da música. E, para os fãs, saber que há uma história tão rica por trás de cada nota só torna a experiência de ouvi-la ainda mais especial.

Ouça Champane Supernova do Oasis

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