O produtor Andrew Watt contou à Rolling Stone que falou com Ozzy Osbourne por telefone um dia antes da morte do cantor, em julho de 2025, sem imaginar a gravidade do estado de saúde. “Foi como perder um parente”, resumiu, ainda em choque. Para ele, Ozzy tinha a capacidade única de enxergar as pessoas de um jeito que elas mesmas não percebiam — e até de pressentir acontecimentos.
Watt esteve ao lado do vocalista em momentos delicados, produzindo os álbuns Ordinary Man (2020) e Patient Number 9 (2022), gravados enquanto Ozzy se recuperava de uma queda doméstica. “A música lhe deu propósito quando ele não se sentia bem”, disse. Ele também destacou que foi o próprio Osbourne quem o legitimou como produtor de álbuns completos, ensinando-o a “levar o rock até o fim”.
O músico inglês morreu cerca de duas semanas após o show histórico “Back To The Beginning”, realizado em 5 de julho no Villa Park, em Birmingham, com participações de nomes como Guns N’ Roses, Metallica, Slayer, Pantera, Tool e Steven Tyler. Watt recordou os bastidores como um “acampamento de verão do heavy metal” e disse ter passado a véspera do evento jantando curry com Sharon Osbourne e conversando por horas com o cantor. Após o cortejo que levou milhares de fãs às ruas de sua cidade natal, Ozzy foi sepultado em cerimônia privada no Reino Unido.
Enquanto isso, o universo do artista continua ativo: a BBC remarcou para o próximo mês a estreia do documentário Ozzy Osbourne: Coming Home, e o Judas Priest lançou uma versão beneficente de War Pigs, gravada ao lado do eterno vocalista.