Black Rebel Motorcycle Club contesta uso de sua música pelo governo dos EUA

Banda exige que o Departamento de Segurança Interna remova vídeo que utiliza gravação sem autorização. O Black Rebel Motorcycle Club divulgou uma nota pública exigindo a retirada de sua música de um vídeo do governo norte-americano.

A polêmica envolve o uso da faixa “God’s Gonna Cut You Down” em uma peça de recrutamento da Segurança Interna dos Estados Unidos. O vídeo foi publicado na última terça-feira (25), com trechos da Bíblia e cenas editadas com estética militar. Além das imagens, a trilha sonora incluía a gravação feita pelo BRMC em 2023 da tradicional canção folk americana.

Dois dias depois, na quinta-feira (27), a banda reagiu em seu perfil oficial no Instagram. “Chegou ao nosso conhecimento que o Departamento de Segurança Interna está usando indevidamente nossa gravação”, escreveram.

O grupo afirma que o uso foi feito sem consentimento, violando os direitos autorais e artísticos dos músicos. “É óbvio que vocês não respeitam a Lei de Direitos Autorais nem os Direitos dos Artistas”, continuaram no comunicado. Eles ainda criticaram a postura da agência federal em relação a princípios constitucionais dos Estados Unidos.

A publicação menciona diretamente a ausência de respeito ao Habeas Corpus e ao Devido Processo Legal. O texto também condena o uso religioso no material institucional, citando a separação entre Igreja e Estado. A nota conclui com uma exigência formal para a retirada imediata do vídeo dos canais oficiais do governo.

E, em tom direto, os integrantes encerraram a publicação com um “Ah, e vão se f… er”. A versão da banda para “God’s Gonna Cut You Down” foi lançada em 2023 como um single independente. A canção é de domínio público e já foi interpretada por artistas como Odetta, Elvis Presley e Johnny Cash.

Ainda assim, gravações fonográficas seguem protegidas por direitos autorais, exigindo permissão para uso público. Até o momento da publicação deste texto, o vídeo seguia no ar nos canais sociais da Segurança Interna.

Nem o Departamento de Segurança Interna nem representantes do governo responderam às acusações publicamente.

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