Enquanto as reuniões se tornaram empreendimentos lucrativos para bandas do passado, um grupo de rock alternativo se mantém firme em sua decisão de deixar o passado no passado. Os Butthole Surfers, conhecidos por seu estilo não convencional e performances selvagens, deixaram claro que, apesar de ofertas tentadoras, uma turnê de reunião está fora de cogitação.
Em uma entrevista recente ao The Guardian, os membros originais Gibby Haynes e Paul Leary falaram sobre a banda. Eles relembraram a energia caótica de seus shows ao vivo, alimentados por excessos que eventualmente cobraram seu preço em suas vidas pessoais.
Haynes, em um momento de reflexão, reconheceu o impacto de suas próprias lutas com abuso de substâncias na trajetória da banda: “Não somos tão bons como poderíamos ser hoje, e isso porque eu enlouqueci. Usei drogas demais. Eu realmente estraguei tudo. É minha culpa. É comigo.”
Leary falou sobre também, descrevendo os membros da banda como indivíduos que se encontravam à beira da autodestruição: “Éramos algumas pessoas genuinamente ferradas. Somos boas pessoas, mas estamos ferrados – estamos danificados.”
Apesar do atrativo de ofertas lucrativas para se reunir no palco, Leary permaneceu firme na relutância da banda: “Temos recebido ofertas de seis dígitos para tocar ao vivo, mas simplesmente não quero fazer isso. Somos realmente sortudos por não estarmos na prisão e não quero mais fazer isso. Não quero enviar um companheiro de banda para casa em um saco de corpo ou queimar um local.”
Para Haynes, o atrativo de um tipo diferente de realização tomou precedência. Abraçando a vida familiar após anos na estrada, ele fala carinhosamente de seu filho de 13 anos, enfatizando a alegria encontrada em momentos comuns.
“Tenho um filho de 13 anos, que é a luz da minha vida. Tenho uma família de verdade e é incrível. Beisebol de liga infantil e basquete do ensino médio? Cara, é demais.”
Após extensas turnês ao longo dos anos 2000, as aparições ao vivo dos Butthole Surfers diminuíram significativamente após 2011. Eles conseguiram fazer alguns shows pontuais em 2016 e 2017, e lançaram um livro intitulado Butthole Surfers: O Que o Arrependimento Significa? em 2019.
Recentemente a banda relançou seus albuns em edição de vinil, o que abriu uma esperança de ver a banda ao vivo novamente, mas pelo jeito, esse não é o desejo dos intergrantes.
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