Cheap Trick At Budokan não saiu dos microfones do Nippon Budokan, em Tóquio, como se supunha desde 1978, mas sim de um show em Osaka, segundo o produtor Jack Douglas.
Em participação no podcast “Magnificent Others with Billy Corgan” (via Ultimate Classic Rock), Douglas contou que ele e o engenheiro de mixagem Jay Messina receberam as fitas da turnê japonesa de primavera de 1978 para montar o primeiro álbum ao vivo do grupo. Ao ouvir o material gravado no Budokan, a dupla se surpreendeu com a baixa qualidade: poucos captadores apontados para a bateria e quase nenhum bumbo tornavam a performance inutilizável.
A solução veio de uma apresentação registrada em Osaka, cujo áudio estava muito melhor. “Era a melhor execução”, relatou o produtor. O material foi trabalhado em estúdio e resultou no disco que impulsionou a carreira do Cheap Trick, ultrapassando 3 milhões de cópias vendidas.
Décadas depois, durante os preparativos para o box comemorativo de 30 anos, o guitarrista Rick Nielsen procurou Douglas para criar uma mixagem 5.1 utilizando o filme original do Budokan. O produtor lembrou o músico de que o áudio que todos conheciam vinha de Osaka. Para sincronizar imagem e som, ele e Messina recorreram ao Pro Tools, alternando trechos de Budokan nos close-ups e de Osaka nas tomadas abertas.
O trabalho de edição confirmou que o álbum, embora batizado “At Budokan”, deve sua sonoridade à noite mais inspirada da banda no palco de Osaka.



