Documentário sobre Rita Lee na Max aborda carreira e vida pessoal, mas omite passado nos Mutantes

Disponível na Max desde 8 de junho, o documentário Rita Lee: Mania de Você explora a trajetória da cantora, desde os anos 1970 até sua despedida. Inclui a leitura de uma carta escrita por ela para o marido, Roberto de Carvalho, e seus três filhos.

Para fãs mais atentos, porém, há uma lacuna: o filme ignora seu início nos Mutantes, nos anos 1960. A ausência foi explicada por Roberto em entrevista à VEJA. Segundo ele, Sérgio Dias, ex-integrador da banda, negou autorização para uso de imagens e músicas.

“Teve um impedimento. Sérgio se opôs à participação dele e das canções que fez com a Rita”, disse Carvalho. “Não foi uma negação nossa, mas uma recusa dele em liberar o material.”

Formada nos anos 1960, Os Mutantes foi essencial no tropicalismo, com Rita, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. A cantora casou-se com Baptista em 1968, mas o relacionamento foi conturbado, culminando em sua saída da banda em 1972.

Após deixar o grupo, Rita recomeçou com a banda Tutti Frutti, lançando hits como “Mamãe Natureza” e “Ovelha Negra”. Em 1976, conheceu Roberto de Carvalho, que se tornou seu parceiro musical e amoroso.

Na carreira solo, iniciada em 1978, ela explorou rock, samba e pop, criando clássicos como “Lança Perfume” e “Cor de Rosa Choque”. Sua obra, marcada por arranjos sofisticados, conquistou o público e influenciou gerações.

O documentário, dirigido por Hugo Prata, mescla imagens de arquivo e depoimentos de familiares. Apesar da omissão dos Mutantes, retrata uma artista que reinventou a música brasileira.

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