‘We Care a Lot’ do Faith no More completa 40 anos e o baixista Billy Gould afirmou que o álbum de estreia “pode ser o que mais importa” para a trajetória do grupo, lançado em 30 de novembro de 1985.
Em publicação nas redes sociais, Gould lembrou que o disco foi feito por “um bando voluntarioso de garotos presunçosos”, ainda sem compreender totalmente a própria identidade, mas já conscientes do caminho que queriam seguir. Segundo ele, apesar de tecnicamente distante dos trabalhos posteriores, o registro capturou a essência e a energia que impulsionariam a carreira do quinteto de São Francisco.
O músico destacou que a falta de expectativas externas permitiu liberdade criativa. “Gastamos dinheiro que não tínhamos para criar um clima e, quando terminamos, enxergávamos a nós mesmos de outra forma”, escreveu. Para Gould, esse processo estabeleceu as bases para tudo que viria depois.
Nos comentários, o ex-guitarrista Trey Spruance, hoje no Mr. Bungle, reforçou a importância do lançamento: “Não escondo que este é meu álbum favorito do FNM. Ainda penso assim”.
“We Care a Lot” é um dos dois discos a contar com o vocalista original Chuck Mosley, morto em 2017. Atualmente, a banda permanece em hiato. Compromissos marcados para 2021 e 2022 foram cancelados enquanto o vocalista Mike Patton tratava questões de saúde mental. Desde então, integrantes como o tecladista Roddy Bottum consideram improvável uma retomada, e Gould admite não ter planos definidos para o futuro do Faith No More.



