“West End Girl” de Lily Allen chegou hoje, 24 de outubro, via BMG, e confirma o retorno da artista sete anos após “No Shame” (2018).
Em entrevista à revista Perfect(Via NME), Allen explicou que o disco nasce das “questões profundas de rejeição e abandono” intensificadas pelo fim de seu casamento com o ator David Harbour, oficializado em Las Vegas em 2020 e desfeito no início de 2025. A cantora disse ter enfrentado reações extremas e admitiu que a instabilidade quase comprometeu sua sobriedade.
O repertório traz referências diretas à crise conjugal. Na faixa-título, Allen revisita os primeiros dias do romance, quando se mudou com as filhas para Nova York. Em “Ruminating”, questiona se o ex-parceiro beijou outra mulher “olhando em seus olhos”. Já “Tennis” relata a descoberta de mensagens suspeitas: “Se fosse só sexo, eu não teria ciúmes… e quem é Madeline?”. A personagem volta a aparecer em “Madeline”, quando a cantora pergunta: “É apenas sexo ou há sentimento?”
Outras músicas avançam sobre o impacto emocional da separação. “Relapse” descreve o risco de recaída, “Let You W/In” comenta a volta ao estúdio depois de anos longe da música, e “Just Enough” aceita o rompimento ao reconhecer: “Acho que você ama outra pessoa”.
Nos últimos anos, Allen passou também pelos palcos de teatro (“2:22 – A Ghost Story”, 2021; “The Pillowman”, 2023), pelo cinema (“How to Build a Girl”, 2019) e por um podcast ao lado de Miquita Oliver, sem deixar de mencionar o período de recuperação em clínica que antecedeu o novo lançamento.
Com “West End Girl”, Allen transforma vivências íntimas em material de estúdio, oferecendo um retrato cru de rejeição, culpa e busca por autonomia.



