Olivia Rodrigo classificou como “censura explícita” a suspensão indefinida do programa “Jimmy Kimmel Live”, retirada da grade da ABC na semana passada após comentários do apresentador sobre a morte do ativista de extrema-direita Charlie Kirk.
Em stories publicados no sábado, 30 de setembro, a cantora republicou nota do sindicato SAG-AFTRA, que também condena a emissora controlada pela Disney. “Tão chateada com essa censura e abuso de poder. Estou com Jimmy Kimmel e com a liberdade de expressão”, escreveu.
O talk-show saiu do ar depois que Kimmel sugeriu que o atirador de Kirk poderia ser simpatizante de Donald Trump e acusou apoiadores do ex-presidente de “lucrar politicamente” com o caso. A repercussão motivou protestos de figuras de Hollywood; Stephen Colbert e David Letterman alertaram para riscos à liberdade de imprensa, enquanto o comediante Marc Maron afirmou no Instagram tratar-se de “censura governamental”.
Representantes de Kimmel negociam com executivos da Disney e da ABC uma possível volta do programa. O tema chegou até o memorial de Kirk em 21 de setembro, quando Trump atacou “comentaristas radicais” que, segundo ele, acusam de fascismo quem defende o cancelamento do talk-show.
A mobilização em torno de Kimmel soma-se a outras disputas sobre liberdade de expressão em redes e grandes conglomerados de mídia, reforçando o debate sobre limites editoriais na TV aberta norte-americana.