Primal Scream no Roundhouse repudia símbolo polêmico em show

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Primal Scream ao vivo no Roundhouse. Crédito: Lorne Thomson/Redferns.

Primal Scream no Roundhouse enfrenta críticas após o histórico palco de Camden pedir desculpas pela projeção de uma imagem que entrelaçava a Estrela de Davi a uma suástica durante o concerto de 8 de dezembro, dedicado aos 25 anos do álbum “XTRMNTR”.

O vídeo controverso foi exibido enquanto a banda tocava “Swastika Eyes”. A montagem também substituía os olhos de figuras políticas, entre elas o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente dos EUA Donald Trump, pelo símbolo composto. Imagens de destruição em Gaza e a frase “Nosso governo é cúmplice em genocídio” completavam a peça.

Em nota, o Roundhouse afirmou estar “chocado” com a exibição não autorizada. “Condenamos o antissemitismo em todas as formas e pedimos desculpas ao público e à comunidade judaica”, declarou o porta-voz, ressaltando que a segurança de público e funcionários é prioridade.

A Community Security Trust, entidade que presta apoio a judeus britânicos, confirmou ter reportado o episódio à polícia e solicitou investigação urgente. Já a Campaign Against Anti-Semitism classificou a fusão dos símbolos como “doentia” e “inexcusável”.

O Primal Scream reagiu nas redes sociais. “O filme é uma obra de arte”, escreveu a banda, explicando que o objetivo é “provocar debate, não ódio” e que a liberdade de expressão deve ser preservada em sociedades plurais.

O grupo liderado por Bobby Gillespie tem histórico de apoio à causa palestina, participando de protestos e projetos beneficentes desde 2022. A assessoria do conjunto não emitiu novo comentário até o momento.

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