Scarlett Johansson se posicionou publicamente contra um vídeo criado com inteligência artificial que utilizou sua imagem, sem autorização, em um contexto crítico às recentes declarações antissemitas de Kanye West. O material, divulgado recentemente, também inclui deepfakes de outras personalidades judias, como Drake, Jerry Seinfeld, Steven Spielberg e Mark Zuckerberg, entre outros. No vídeo, as celebridades aparecem vestindo camisetas com uma mão exibindo o dedo médio e a palavra “Kanye” estampada.
Em declaração à revista People, Johansson afirmou não tolerar antissemitismo ou discurso de ódio, mas destacou que o foco de sua crítica é o uso indevido da IA. “Acredito que o potencial de multiplicação do discurso de ódio por meio da inteligência artificial representa uma ameaça maior do que qualquer indivíduo responsável por ele”, disse a atriz. Ela ainda ressaltou a necessidade de combater o mau uso da tecnologia, independentemente da mensagem veiculada.
Os criadores do vídeo, Ori Bejerano e Guy Bar, disseram ao The Jerusalem Post que não buscaram autorização das celebridades retratadas. Bejerano, especialista em IA, e Bar, fundador de um centro de tecnologia, ainda não se pronunciaram sobre a reação de Johansson. A atriz, por sua vez, lembrou outros episódios em que foi alvo de manipulação digital, como o caso envolvendo a OpenAI, que teria usado uma voz semelhante à dela no ChatGPT 4.0 sem sua permissão.
Scarlett Johansson também expressou preocupação com a falta de regulamentação sobre IA nos Estados Unidos. “Países progressistas já estão agindo de forma responsável, mas é assustador ver o governo dos EUA paralisado”, afirmou. Ela pediu que a aprovação de leis que limitem o uso da tecnologia seja tratada como prioridade, destacando o impacto global da questão. “É um tema bipartidário que afeta diretamente o futuro da humanidade”, concluiu.
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