Bruce Springsteen está vivendo um de seus períodos mais produtivos e expostos em anos. Ele está em turnê, com documentário e novos álbuns prontos. No dia 28 de junho, ele lança “Tracks II: The Lost Albums”, box com sete álbuns completos e inéditos, muitos criados décadas atrás.
A novidade chega junto ao documentário Deliver Me From Nowhere, com Jeremy Allen White no papel de Springsteen, focado no disco “Nebraska”. Ao mesmo tempo, entrevistas recentes indicam que mais lançamentos estão a caminho, incluindo faixas nunca reveladas ao público.
Em entrevista ao New York Times, Springsteen afirmou que “Tracks III” já está finalizado, com músicas de diferentes períodos de sua carreira. “Não há álbuns completos no ‘Tracks III’, mas sim faixas gravadas com ou sem banda, ao longo de muitos anos”, explicou o cantor. Ele afirma que, com esse volume, praticamente todo seu acervo estará enfim acessível, encerrando décadas de material arquivado.
Em bate-papo com a Rolling Stone, Springsteen também confirmou que tem um novo álbum solo pronto, previsto para 2026. Mas foi sobre “Nebraska” que surgiu uma das revelações mais inesperadas de sua atual maratona de divulgação.
Lançado em 1982, “Nebraska” foi gravado em casa, em um gravador de quatro canais, com voz e violão em tom introspectivo. Na época, a E Street Band gravou versões elétricas das músicas, mas Springsteen decidiu lançar apenas as demos acústicas.
Esse processo alimentou, por décadas, o mito da existência de um suposto “Nebraska elétrico”, nunca divulgado oficialmente. Ao ser questionado pelo jornalista Andy Greene, da Rolling Stone, Springsteen inicialmente negou a existência desse álbum.
“Não existe. Tocamos algumas faixas com a banda, mas não há disco completo ou coeso”, afirmou o cantor durante a entrevista. Dias depois, no entanto, ele voltou atrás. Em mensagem de texto enviada ao repórter, Springsteen admitiu que se enganou. “Oi, Andy! Dei uma olhada no nosso cofre e TEM um disco elétrico do ‘Nebraska’, embora não completo”, escreveu o músico.
A confirmação reacende o interesse dos fãs por essa fase de transição entre o experimental e o visceral na carreira de Springsteen. O box “Tracks II” inclui títulos como “LA Garage Sessions ’83”, que tenta expandir o espírito de “Nebraska” com uma banda minimalista.
Ainda não está claro se o “Nebraska elétrico” será incluído em lançamentos futuros, ou se ganhará uma edição separada. O momento, no entanto, parece oportuno. Com o documentário focado no disco e o volume de lançamentos, há espaço para novas edições.
Enquanto isso, a turnê europeia segue com boa recepção, e Springsteen tem usado o palco para comentar questões políticas e sociais. Sua campanha atual mostra não apenas um artista que revisita o passado, mas alguém que continua produzindo, gravando e organizando material.
Entre arquivos redescobertos e planos para o futuro, Bruce Springsteen oferece aos fãs um raro acesso a diferentes fases de sua obra.
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