Steve Howe conta como Bob Dylan moldou sua carreira O guitarrista do Yes recorda a forte influência do compositor norte-americano, detalha a reedição de “Portraits of Bob Dylan” e antecipa os próximos passos da banda britânica.
Howe lembra ter comprado “The Freewheelin’ Bob Dylan” logo no lançamento, em 1963, depois de ignorar o disco de estreia do cantor. “Quando ‘Another Side of Dylan’ chegou, aquelas ideias amplas e a gaita chamaram minha atenção, mesmo que nossos pais detestassem a voz dele”, contou em entrevista ao podcast da UCR.
Enquanto tocava em grupos como Syndicats e In Crowd, o músico analisava cada álbum de Dylan tanto como fã quanto como profissional. Décadas depois, o interesse se transformou em projeto solo: “Portraits of Bob Dylan” (1999). O álbum — relançado em 12 de setembro em CD, junto a “Natural Timbre”, e inédito em vinil — reúne versões rearranjadas por Howe, que evitou copiar os originais.
A gravação contou com convidados variados, entre eles Jon Anderson, que sugeriu a extensa “Sad Eyed Lady of the Lowlands”, além de Max Bacon, Annie Haslam, Phoebe Snow, Allan Clarke e o baterista Dylan Howe, filho do guitarrista. “Você sempre aprende algo tocando com outros músicos”, observou.
Sobre o futuro do Yes, Howe admitiu que a banda já escreve material para suceder “Mirror to the Sky” (2023), mas preferiu não dar detalhes. Antes disso, o grupo volta à estrada em 1º de outubro, em Wallingford, Connecticut, com turnê dedicada ao álbum “Fragile” (1971). “É direto e, por isso, poderoso”, comentou o guitarrista ao citar faixas como “Roundabout” e “Heart of the Sunrise”.