Horizon é um dos discos que te faz se apaixonar pelos Carpenters. Para alguns, o último grande ábum da banda antes de um declínio que viria de A Kind Of Hush. O que é uma perfeita baboseira, já que eles se mantêm firme até o falecimento de Karen.
Gravado nos lendários estúdios da A&M, você encontra a dupla experimentando sons, técnicas e efeitos, que antes não eram vistos nos seus trabalhos anteriores.
Apesar de toda a grandiosidade, a dupla quebrou a sequência de cinco álbuns consecutivos a atingirem o top 5 nos EUA, chegando até a 13ª colocação. Contudo, vendeu 1 milhão de cópias. Aliás, no Reino Unido e Japão, Horizon liderou as paradas, sendo um dos mais vendidos no ano.
Em novembro de 1974, a banda já ganhava o destaque pelo lançamento do cover Please, Mr Postman, chegando ao primeiro lugar nos principais países, trazendo ainda a própria Karen dominando as baquetas, de modo magistral, acompanhado por Tony Peluso no solo de guitarra digno de assobios radiofônicos.
Outro destaque fica com Only Yesterday, outro hit digno de ouro, alcançando também os topos das paradas.
Mas, é pela doçura cristalina na voz de Karen que o cover de Desperado recebe as glórias. Deste modo, o cover dos Eagles já havia sido gravado por Linda Ronstadt, Bonnie Raitt e Kenny Rogers. E… claro que o perfeccionismo de Richard Carpenter e o talento de sua irmão não deixaria por menos.
Podemos dizer que “Horizon” tem a sofisticação necessária para se alcançar o pantheon da década de 1970. Evidente a técnica vocal de Karen, chegando próximo (ou até ultrapassando) nomes como Rosemary Clooney e Jo Stafford. Aliás, palmas (e mais palmas) para Richard pela orquestração, genialidade e pefeccionismo para cada faixa.
Deste modo, finalizo dizendo que, enquanto alguns ainda torcem os narizes para os Carpenters (sim, isso ainda existe, infelizmente), é impossível levar em consideração que este álbum, ou qualquer outro da dupla, não tenha um lugar ao sol. Ou melhor, tenha a plenitude de um horizonte cheio de glórias.
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