Melhores do ano internacionais por Tomás Gouveia

Luis Fernando Brod
5 minutos de leitura
Wolf Alice. Foto: Divulgação.

Mais uma lista feita por nossos colaboradores. Desta vez quem deu às caras foi Tomás Gouveia. Tomás já deu algumas dicas ao longo do ano por aqui e em suas participações no Redação Disconecta, mas temos surpresas bem interessantes que vocês veem logo abaixo.

1. Suede – Antidepressants

Mais atmosférico e denso que seu antecessor de 2022, Autofiction este Antidepressants coloca Brett Anderson e sua trupe novamente no caminho das produções grandiosas, já que o álbum anterior foi quase que um registro ao vivo mas em estúdio. Os destaques do álbum? Todas. Mas a abertura com Desintegrate e o final com Life Is Endless, Life Is A Moment mostram que a ordem das faixas foi escolhida à dedo, justificando aquilo que muito se perdeu nos dias de hoje, que é apreciar um álbum inteiro.

2. Pulp – More

Britpop classudo com referências pontuais à muita coisa boa que a música britânica nos deu desde os anos 60. Seguramente o álbum mais impactante da banda desde a sua estreia com Diferent Class (e que este ano ganhou uma edição caprichada de 30 anos). 

3. Joe Bonamassa – Breakthrough

Joe Bonamassa nunca errou na carreira, mas desde o Redemption de 2018 que esta regularidade atingiu um patamar que tornou uma tarefa impossível não colocar seus discos na lista de melhores do ano. Ouça a trinca Drive By The Exit Sign, Broken Record e Shake This Ground e comprove.

4. Wolf Alice – The Clearing

De cara o anúncio mais bacana da vindoura edição de 2026 do C6 Festival. E o hype em cima do álbum dos britânicos se justifica já nas primeiras notas de Thorns e ganha mais destaque ainda na dobradinha Play It Out / Bread Butter Tea Sugar que mostra que Fleetwood Mac e Electric Light Orchestra continuam influenciando muita gente mundo afora.

5. Paradise Lost – Ascension

Pode uma banda com uma carreira de 37 anos  e 16 álbuns em 2025 lançar um dos 3 melhores álbuns de sua discografia? Não só pode, como o Paradise Lost fez isso. A sequência Diluvium, Savage Days, Sirens e Deceivers não me deixa mentir.

6. Deftones – Private Music

Um pouco mais distante dos experimentalismos e mais direto como em Diamond Eyes, a banda de Chino Moreno volta de novamente aos holofotes se mostrando sempre relevante, ainda que com lançamentos tão espaçados.

7. Amorphis – Borderland

Não existe banda dentro dos famigerados (no sentido pejorativo da palavra mesmo) Metal Progressivo e Power Metal que consiga hoje criar melodias e refrãos marcantes como o Amorphis. E a dificuldade de encaixar a banda dentro de um dos estilos faz com que os finlandeses não ganhem uma projeção maior do que a já extensa carreira pede. Mais um discaço dentro da discografia que desde Eclipse de 2006 não entrega algo menor que ótimo.

8. Turnstile – Never Enough

What’s New In Baltimore? diria Frank Zappa. Desde 2010 que temos o Turnstile. E desde a ‘explosão’ com o registro anterior, Glow On que a expectativa aumentou com o anúncio do novo álbum, Never Enough. Mais ensolarado que o seu anterior, joga a banda de forma definitiva para as massas, intercalando o hardcore de outrora (e ainda muito presente) com pitadas de funk, psicodelia e até um flerte com o New Romantic em Seein’ Stars.

9. Volbeat – God Of Angels Trust

Segundo álbum desde a partida do guitarrista Rob Caggiano, o Volbeat entrega mais um disco pesado, condizente com o status de banda grande que os dinamarqueses adquiriram. As melodias ainda estão presentes, mas não as que o ex-guitarrista do Anthrax trouxe e sim, as do Beyond Hell / Above Heaven como na radiofônica (e excelente) Acid Rain.

10. Manic Street Preachers – Critical Thinking

Do pós punk ao dream pop, passando pelos refrãos de rock de arena (para não dizer hard rock), o MSP voltou ainda mais contestador, garantindo o destaque que sempre merecem, com destaque para a abertura com a faixa título, a arrasa quarteirão Decline & Fall e a belíssima My Brave Friend.

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