Quase 10 anos após o lançamento de Get Hurt, o The Gaslight Anthem retorna deste hiato trazendo na bagagem os 4 álbuns solo (5 se considerarmos o EP Georgia de 2016) de seu vocalista e letrista Brian Fallon, e ainda uma turnê comemorativa no ano de 2018 dos 10 anos de lançamento do The 59’ Sound.
São notados ecos da carreira solo de Brian Fallon durante algumas passagens deste History Books, tal qual por algumas vezes acontece nos discos de seu mentor e maior influência, Bruce Springsteen quando algumas coisas de seus discos solo se fundem com suas gravações junto da E Street Band. Algo que também ocorria entre os trabalhos solo de Tom Petty e os que traziam seus Heartbreakers.
Fato é que mesmo que o encarte do álbum traga que todas as músicas foram compostas pela banda, sem protagonismo para qualquer um dos membros (como também aconteceu nos registros anteriores) ainda assim, pérolas como Michigan, 1975 e Autumn se tivessem em formato mais próximo do acústico poderiam ter figurado seguramente em alguns dos álbuns solo de Brian Falllon.
Não que o The Gaslight Anthem de outrora não esteja aqui presente. Ele está! Positive Charges, Spider Bites e Little Fires trazem tudo aquilo que aprendemos a gostar escutando The 59’ Sound, American Slang e Handwritten, enquanto The Weatherman traz aquela influência clara da música de Bruce Springsteen. Mais até que a ótima faixa título, sendo que esta traz sim a participação do The Boss. Algo como se o Tunnel Of Love tivesse sido gravado por músicos vindos de uma Seattle no começo dos anos 90.
E ainda falando de Seattle, na balada I Live In The Room Above Her as guitarras pesam ainda mais e trazem a certeza do que os membros da banda andaram escutando na adolescência. Principalmente se levarmos em conta que é nesta faixa que a economia nos solos vai embora, levando a um momento inspiradíssimo do guitarrista Alex Rosamilia.
Por fim, History Books é um álbum de retomada, de uma banda que gravou dois singles após a supracitada turnê comemorativa e que com isso entendeu que mais material inédito poderia (e deveria) ser produzido, entregando aos fãs o que se esperava de um novo lançamento.
A torcida agora é que esses quase 10 anos de hiato não se repitam e mesmo que intercalando com a bem sucedida carreira solo de seu líder intelectual, o Gaslight Anthem continue a nos presentear com belos álbuns.
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