Conheça a psicodelia enérgica de Frankie and the Witch Fingers

Se você é fã de rock psicodélico com doses generosas de garage rock, punk frenético e riffs hipnóticos, Frankie and the Witch Fingers é uma banda que precisa estar no seu radar. Com uma sonoridade que remete aos clássicos dos anos 1960 e 1970, mas com uma energia contemporânea, essa formação de Los Angeles vem conquistando fãs ao redor do mundo.

A história do Frankie and the Witch Fingers não é apenas sobre uma banda de rock — é sobre alquimia sonora, evolução constante e uma obsessão por ritmos que fazem seu cérebro derreter. Se você ainda não os conhece, prepare-se: essa é uma viagem sem volta.

Tudo começou em Bloomington, Indiana, em 2013, quando Dylan Sizemore (voz/guitarra) e Josh Menashe (baixo) se encontraram em meio a uma cena underground fervilhante. A cidade, conhecida por sua universidade e efervescência cultural, era o terreno perfeito para uma banda que misturava garage rock cru, psicodelia distorcida e letras surrealistas.

O nome Frankie and the Witch Fingers surgiu de uma lenda que Dylan ouviu na infância — uma história sobre um homem chamado Frankie que teria dedos de bruxa, capazes de tocar música de um jeito sobrenatural. Era perfeito para uma banda que buscava transgredir os limites do rock.

A formação inicial incluía Nick Aguilar (bateria) e Alex Bulli (guitarra), e seus primeiros shows eram caóticos, barulhentos e hipnóticos — um prenúncio do que estava por vir.

Em 2015, a banda fez uma jogada arriscada: mudou-se para Los Angeles, onde o cenário do garage rock e psicodelia moderna estava explodindo. Lá, eles se integraram à Reverberation Appreciation Society (o mesmo coletivo que impulsionou The Black Angels e The Brian Jonestown Massacre) e começaram a chamar atenção.

Seu álbum de estreia, Frankie and the Witch Fingers (2013), já mostrava um som cru, mas foi com “Heavy Roller” (2016) e “Sidewalk” (2017) que eles começaram a desenvolver uma identidade única — riffs cortantes, batidas tribais e letras que pareciam sair de um filme de David Lynch.

Mas o grande salto veio com “Brain Telephone” (2017), um disco que misturava krautrock, punk e psicodelia em uma fórmula viciante. A faixa titulo tornou-se um hit underground, e a banda começou a tocar em festivais como Levitation e Desert Daze.

Em 2019, veio “ZAM”, o álbum que consagrou a banda como uma das mais inovadoras do gênero. Com faixas como “Realization” e “Dracula Drug”, onde eles fundiram riffs de guitarras frenéticos, por vezes lembrando o The Oh Sees, batidas motorik, influência do Krautorock dos anos 70 e letras surrealistas sobre viagens cósmicas e paranoias urbanas.

A turnê de “ZAM” foi uma experiência quase religiosa — shows longos, jams improvisadas e uma energia que lembrava os Velvet Underground nos anos 60. Mas eles não pararam por aí.

Em 2020, lançaram “Monsters Eating People Eating Monsters…”, um álbum duplo ambicioso que explorava temas de eternidade, destruição e renascimento. Era mais experimental, mais pesado, mas ainda com a essência dançante que os define. E em 2023, veio “Data Doom”, onde sintetizadores sombrios e distorções digitais entraram em cena, mostrando que a banda nunca para de evoluir

As influências da banda passam pela energia robótica e dançante do Devo, mas também absorvem The Oh Sees, pela intensidade ao vivo, Can e Neu!, pelas batidas motorik, 13th Floor Elevators, pela psicodelia clássica, The Stooges, pelo punk cru em pela loucura progressiva, King Gizzard & The Lizzard Wizard.

5 Músicas Para Entrar no Universo da Banda

Se você quer começar a ouvir Frankie and the Witch Fingers, essas são as faixas essenciais:

“Realization” (ZAM, 2019)

Um turbilhão de riffs cortantes e vocais hipnóticos que te levam a um estado de transe. A batida pulsante e os solos de guitarra psicodélicos fazem dessa faixa um portal para o universo da banda.

“Dracula Drug” (Zam, 2019)

Punk psicodélico acelerado com letras sobre vícios e criaturas noturnas. A energia caótica e o refrão grudento mostram a capacidade da banda de misturar escuridão com batidas dançantes.

“Brain Telephone” (Brain Telephone, 2017)

O hino definitivo da banda, com riffs hipnóticos e uma energia contagiante que encapsula seu estilo psicodélico moderno. A progressão crescente da música te leva a um clímax alucinante.

“Electricide” (Data Doom, 2023)

Sintetizadores sombrios e batidas eletrônicas se chocam com o rock cru da banda. Uma mostra de como eles continuam inovando, misturando o analógico com o digital.

“Weird Dog” (Data Doom, 2023)

Uma pérola psicodélica com riffs hipnóticos e letras surrealistas sobre um cão misterioso. A batida pulsante e os vocais ecoados criam uma atmosfera de sonho febril.

A banda não para. Eles continuam lançando álbuns, fazendo turnês alucinantes e redefinindo o rock psicodélico para uma nova geração. Se você gosta de bandas que desafiam os limites, Frankie and the Witch Fingers é sua próxima obsessão.

Já ouviu algum álbum deles? Qual sua música favorita? Conta nos comentários!

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