Nascidos em Birmingham, na Inglaterra, no final dos anos 1960, o Black Sabbath redefiniu os limites da música pesada. Com riffs poderosos, letras inspiradas em temas sombrios e a voz marcante de Ozzy Osbourne, o grupo transformou o hard rock psicodélico em algo único. Sua influência é sentida até hoje, sendo considerada uma das bases do heavy metal moderno.
A estreia do álbum “Black Sabbath”, em 1970, trouxe músicas como “N.I.B.” e a faixa-título, que mergulhavam em atmosferas densas e melódicas. O disco foi um divisor de águas, mostrando que a música poderia ser pesada sem perder complexidade. A combinação de Tony Iommi na guitarra, Geezer Butler no baixo, Bill Ward na bateria e Ozzy nos vocais criou uma química única.
Ao longo dos anos, o grupo lançou clássicos como “Paranoid”, “Iron Man” e “War Pigs”, que se tornaram hinos do gênero. Mesmo com mudanças na formação, incluindo a entrada de Ronnie James Dio nos anos 1980, o Sabbath manteve sua essência. A música “Heaven and Hell”, por exemplo, é frequentemente citada como um marco dessa nova fase.
Em 2017, o Black Sabbath encerrou sua trajetória com o álbum “13” e uma turnê de despedida emocionante. A banda deixou um impacto inegável na música, inspirando artistas como Metallica, Slayer e Iron Maiden. Sua história continua a ser celebrada por fãs de todas as idades, consolidando-os como pioneiros do heavy metal.
E, aproveitando que a banda anunciou seu último show agora para julho, a revista Revolver Magazine fez uma enquete com os seus leitores, pedindo que elegessem as 5 músicas do Black Sabbath favoritas em shows ao vivo, e a escolha mostramos abaixo:
Black Sabbath
O começo de tudo. Não se trata apenas da sombria e grandiosa faixa de abertura do álbum Black Sabbath. Se não fosse pela atmosfera depressiva e profana de “Black Sabbath”, o peso na música talvez nunca tivesse se definido como tal. Talvez, se não fosse por isso, eles ainda pudessem se chamar Earth e a história seria diferente.
Into the Void
Master of Reality reúne faixas que parecem feitas para levar a mente a outro nível. “Sweet Leaf” abre o álbum com um groove denso e alucinado, enquanto o encerramento com Into the Void traz um rock sombrio sobre fugir da Terra antes do apocalipse.
O riff arrastado de Iommi remete a “Hall of the Mountain King”, de Grieg, enquanto os versos pesados e de timbre chocante antecipam o que viria a ser o sludge metal. Ozzy, com sua abordagem anti-guerra e pró meio ambiente, soa tão intenso quanto sempre. Apesar de o Sabbath não tocá-la há anos, dá pra sentir o clima em torno dela.
N.I.B.
Geezer Butler escreveu “NIB” sobre Lúcifer se apaixonando por uma mortal, mas batizou a música por causa da barba pontuda de Bill Ward, que lembrava a ponta de uma caneta. Apesar da diferença entre nome e tema, a sintonia da banda aqui é absoluta.
O riff principal tem um magnetismo que prende Ozzy, Iommi e Butler na mesma linha melódica. A faixa combina a energia provocadora dos vocais, um solo de guitarra hipnótico e aquele irresistível “Oh yeah” que já deve estar ecoando na sua mente.
War Pigs
Fãs de metal sempre se reuniram para celebrar “War Pigs”, uma das faixas mais marcantes do Black Sabbath. Mesmo em um catálogo cheio de clássicos, essa música tem algo especial. Da introdução dinâmica ao solo feroz de Iommi, até o final instrumental intenso, é um exemplo perfeito do metal em sua origem.
Segundo o Setlist.fm, apenas “Paranoid” e “Iron Man” foram tocadas mais vezes ao vivo. Apesar da crítica à guerra no Vietnã, a máquina do Sabbath nunca parou — e gerações de headbangers os reverenciam por isso.
Children of the Grave
“Children of the Grave” avança com potência, impulsionada pelo ritmo feroz de Bill Ward e pelo peso melódico de Iommi e Butler. O uivo crescente de Ozzy soa mais intenso do que nunca.
Como tantos clássicos do Black Sabbath, essa música marcou quem a ouviu pela primeira vez e sua força continua impressionante. Não importa a idade, os fãs deixam claro: essa é uma das faixas mais aguardadas nos shows da banda.
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