Faith No More pode realmente estar chegando ao fim. Em uma recente newsletter enviada aos fãs, Roddy Bottum, tecladista e cofundador da banda, revelou que o grupo está em um “hiato semi-permanente”.
Essa atualização chega após uma série de cancelamentos de shows, inicialmente anunciados em 2021, devido aos problemas de saúde mental enfrentados pelo vocalista Mike Patton. Na sequência, a banda acabou cancelando toda a turnê de 2022, com o intuito de dar espaço para que Patton focasse em sua recuperação.
“Eu sou Roddy. Fiz minha vida na música, primeiro com o Faith No More e depois com o Imperial Teen“, escreveu Bottum em sua newsletter no Substack. “O FNM está, digamos, em um hiato semi-permanente, enquanto o Imperial Teen está gravando um álbum, devagar mas com certeza“.
Desde os cancelamentos, notícias sobre o Faith No More têm sido escassas. No final de 2022, em entrevista, Patton revelou que ainda não havia retomado contato com seus colegas de banda desde a decisão de suspender a turnê, deixando no ar uma possível ruptura.
Apesar da pausa com o Faith No More, tanto Patton quanto Bottum estão longe de estarem inativos. O vocalista tem se dedicado a outros projetos, como suas bandas Mr. Bungle e Tomahawk.
Já Bottum, além de continuar com o Imperial Teen, escreveu um livro, intitulado The Royal We, em que explora temas da cena cultural de São Francisco e suas próprias experiências de vida.
“Estou aqui para anunciar um livro que escrevi, meu primeiro, chamado The Royal We”, contou Bottum, admitindo sentir uma mistura de entusiasmo e receio ao se aventurar pela primeira vez na literatura. A obra, que ele descreve como uma homenagem a São Francisco, passa por temas intensos, como trabalho de bike messenger, autodescoberta, política no punk rock, além de aspectos obscuros e transformadores de sua trajetória.
O tecladista foi além: “Não é um livro que revela tudo, mas revela muito. Tem uma inclinação poética e literária. Há figuras conhecidas, histórias de overdose, tragédias, vitórias e fracassos.” Essa nova fase de Bottum, marcada pela escrita, reflete seu olhar maduro e introspectivo sobre os anos que moldaram não apenas sua identidade, mas também a cena musical e cultural de uma geração.
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