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The Who Odds & Sods faz 50 anos

O álbum Odds & Sods, lançado pelo The Who em 4 de Outubro de 1974, reúne uma coleção de faixas que até então estavam guardadas e não tinham sido lançadas oficialmente. Montado por John Entwistle, o álbum Odds & Sods oferece uma amostra interessante da banda em diferentes momentos criativos. As músicas variam entre composições do final dos anos 1960 e início dos anos 1970, incluindo sobras de projetos ambiciosos, como Lifehouse e Quadrophenia.

A Rolling Stone, em uma resenha escrita por Jim Miller, destacou a natureza heterogênea do álbum. O crítico observou que Odds & Sods permite refletir sobre a evolução do The Who como estilistas do rock. Miller apontou que o álbum revela momentos de grande inspiração, mas também alguns de hesitação. Isso reflete a busca constante de Peter Townshend por uma sonoridade mais transcendental. Embora Odds & Sods não tenha a coesão de álbuns anteriores, como Tommy ou Quadrophenia, ele oferece uma visão honesta da banda em diferentes fases.

“Pure and Easy”, que apareceu no álbum solo de Townshend, ganha aqui uma nova vida com os arranjos da banda. A energia de Keith Moon e a força de Roger Daltrey transformam a faixa em um momento marcante. “Naked Eye” e “Long Live Rock” mostram o lado mais direto e visceral do The Who, reafirmando sua posição no rock.

Outros críticos destacaram a alta qualidade das faixas, mesmo sendo uma coleção de sobras. Canções como “Little Billy” e “Glow Girl” demonstram que a banda, mesmo em momentos menos estruturados, criava músicas com grande apelo. “Glow Girl”, em particular, contém elementos que mais tarde dariam origem à ópera rock Tommy.

Edição do disco para o Record Store Day de 2020
Edição do disco para o Record Store Day de 2020

Curiosidades

Além das faixas originais, Odds & Sods apresenta versões raras e curiosas, como “I’m The Face”, gravada quando a banda ainda se chamava The High Numbers. Essa faixa reflete a evolução musical do The Who desde suas raízes no movimento mod britânico dos anos 60. Para fãs dedicados, essa viagem no tempo é uma oportunidade de acompanhar o crescimento da banda.

Edição do disco para o Record Store Day de 2020

Enquanto Roger Daltrey trabalhava no filme Tommy, Keith Moon enfrentava uma vida de excessos que levariam à sua morte prematura. Essas crises ajudam a moldar o tom caótico, mas autêntico, de Odds & Sods. No final, o álbum serve não apenas como uma coleção de sobras, mas também como uma prova da criatividade e versatilidade do The Who em Odds & Sods.

Odds & Sods não apenas preenche uma lacuna na discografia do The Who, mas também oferece aos fãs uma oportunidade de ver o que poderia ter sido incluído em álbuns anteriores. As sobras, que poderiam ter sido esquecidas, ganham nova vida aqui, revelando a criatividade da banda mesmo fora de seus projetos principais. Além disso, o álbum ajuda a entender como a banda funcionava em estúdio, mostrando tanto os experimentos quanto as canções que nunca chegaram ao público antes.

O relançamento de Odds & Sods com faixas bônus em versões remasterizadas fortaleceu ainda mais seu status entre os fãs. A adição de músicas anteriormente não disponíveis amplia o valor do álbum.

Autor

  • Julio Mauro

    Júlio César Mauro é um nerd de carteirinha e pai de duas meninas, com um jeito peculiar, às vezes um pouco ranzinza, e sempre lidando com o desafio de viver com TDAH. Sua carreira na música não foi como ele esperava, mas ele se destacou na TI, onde já soma 26 anos de experiência. Conhecido por ser franco e por um senso de humor afiado que nem sempre é entendido por todos, Júlio também teve uma fase como co-apresentador do programa Gazeta Games na Rádio Gazeta de São Paulo, onde mostrou seu lado gamer. E a música? Continua sendo uma de suas grandes paixões.

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