Se você está buscando o autoconhecimento e como se relacionar com o universo à sua volta, encontrará em “O Alquimista”, de Paulo Coelho, uma leitura valiosa.
Por muito tempo, tive uma birra com Paulo Coelho, assim como muitos conceitos pré-concebidos que temos sobre tudo ao nosso redor. Esse, sim, foi um dos motivos que nunca me fizeram ler nenhuma de suas obras.
O autor sempre foi execrado pela crítica literária por entregar livros que, segundo seus detratores, não alcançavam nem os pés dos cânones literários, apesar de serem lidos por muitos. Nos anos 90, quando lançou “Diário de um Mago”, foi visto por seus pares como um autor exotérico e de baixa qualidade narrativa.
Pois bem, foi nesse cenário que vivi até aqui, sem ler uma só palavra do que ele escreveu. Mas, mais maduro e sabendo das limitações que nos cercam, resolvi apostar na leitura de “O Alquimista”.
O livro é uma obra leve, de fácil leitura e compreensão. E, sim, é um livro para alcançar multidões, mas isso não é um problema. Hoje, com um olhar muito mais apurado sobre nossa realidade e cercados por scrolls infinitos das redes sociais, isso é uma dádiva. Por quê? Pela simples razão de que nos dedicamos cada vez menos ao hábito da leitura, e “O Alquimista” pode ser uma porta de entrada para esse novo arranjo em que vivemos na sociedade atual.
Portanto, não é uma obra cheia de floreios e arabescos na escrita, e sim uma obra simples. Mas, quando bem interpretada, toca fundo a alma e a natureza humana.
No livro, o personagem vai atrás de sua lenda pessoal, em busca do seu porquê de viver. Passa por provas e desafios e, mais que isso, encontra na conexão com o universo o caminho para se compreender e encontrar seu propósito.
Saindo da Espanha, ele chega até as pirâmides do Egito, como foi indicado por um rei que encontrou no caminho. Mas o final é mais incrível do que possa parecer. Em sua trajetória, segue as pistas que o universo lhe traz, encontrando e aprendendo com um alquimista sobre as conexões do universo.
Por fim, o livro faz você refletir sobre o próprio caminho e sobre por que deve dar mais importância ao que está à sua volta, em vez de baixar a cabeça no celular por horas a fio.
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