Em nova fase desde setembro de 2024, o Linkin Park tenta reconstruir sua identidade após a perda de Chester Bennington, em 2017. A entrada da vocalista Emily Armstrong marca uma mudança de direção que ainda divide parte da base de fãs, mas reflete a vontade do grupo de seguir adiante.
O guitarrista e cofundador Mike Shinoda compartilhou detalhes sobre o processo de retomada e o lançamento do álbum “From Zero”. Em entrevista recente, ele comentou como o reencontro com a música aconteceu de forma gradual, após conhecer Armstrong em 2019.
“Naquela época, nossa banda não estava realmente pronta para fazer nada. Todo mundo ainda estava meio que… Fazíamos uma sessão ou saíamos e não nos falávamos por um tempo. Simplesmente não estávamos prontos, eu acho. E então, por volta de 2022, começamos a fazer coisas. Algo aconteceu. Não sei o que foi, mas estávamos todos prontos para começar”, disse o músico, de acordo com o Blabbermouth .
“Eu quis saber quem ela era e o que fazia”, relatou Shinoda. Apesar do primeiro contato há seis anos, a aproximação artística demorou a se consolidar. Foi apenas com a reorganização da banda que os caminhos se alinharam.
O retorno ao estúdio gerou composições inéditas e releituras da trajetória da banda. “O álbum surgiu conforme a banda se formava. É quase como uma nova banda, um novo começo, um primeiro álbum”, afirmou Shinoda. “Mas, felizmente, também somos uma banda nova com um repertório de 25 anos que as pessoas querem ouvir ao vivo.”
O primeiro resultado dessa nova fase veio com o single “Up From The Bottom”, lançado junto com o anúncio de uma apresentação no Estádio Nacional, no Chile. A faixa traz elementos modernos sem abandonar a atmosfera introspectiva que caracterizou a banda em álbuns como “Hybrid Theory” e “Meteora”.
Sobre a nova formação ao vivo, Shinoda fez questão de ressaltar o empenho de Armstrong na adaptação ao repertório clássico. “Em trabalhou duro. Acho que talento não é a parte mais difícil de encontrar. Os verdadeiros desafios estão em outros lugares: se temos objetivos semelhantes, se nos damos bem no dia a dia, se conseguimos viajar juntos sem nos matar”, observou o músico. “E até agora, estamos curtindo muito. Todos os shows foram os melhores.”
Com essa proposta, o Linkin Park caminha por um terreno delicado: homenagear o passado enquanto tenta escrever uma nova história. A presença de Armstrong ainda será testada em palcos e playlists, mas a disposição da banda em não permanecer estática marca um momento de transição que poderá consolidar um novo rumo para o grupo.
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